quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Conselho de pai

Primeiro leia:  http://peleossosetinta.blogspot.com/2011/12/recado-para-uma-filha.html

A resposta:


É, eu queria nunca quebrar meu coração, e nem chorar por coisas pequenas, mais isso é impossível. Você sabe disso. E sabe também o quanto isso dói e nos fecha mais e mais pras pessoas, pro mundo. A melhor proteção que pode me dar são seus conselhos, apontar-me um caminho e emprestar-me um ombro pra chorar. E não se preocupe, lembrar-me-ei sempre que “Alguns corações são como diamantes: são lindos, mas não servem pra nada.”
Meu pai de coração, tão carinhoso e preocupado comigo. 
Obrigada por tudo! 
Amo você!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

As palavras que não foram ditas...


 Eu só faço as coisas quando eu tenho certeza, pois como já me disseram, eu penso demais, e isso transparece ingenuidade, eu deveria pensar menos e agir mais. Foi o que me motivou a fazer uma das coisas mais perigosas que já fiz em tão pouco tempo de vida. Pensar menos e agir mais, foi o que me levou a dizer aquelas palavras. Não saíram da minha boca a toa, eu queria que elas tivessem surtido o efeito esperado. Não surtiu! Eu queria ter explicado o que me levou a dizer aquilo, mas não consegui. Não pelo meu próprio medo, eu já não o tinha mais, mais pelo medo alheio, que segurou as palavras dentro da minha boca, me fazendo engoli-las a seco. E tudo que eu queria dizer era que independente de qualquer coisa, eu queria estar ali ao seu lado, pra te ouvir quando ninguém mais quer, sem te julgar ou criticar, te dar atenção, afeição, te apoiar, te ajudar. Ele não quis ouvir o que eu tinha a dizer, tinha medo, e medo nos impede de viver, de saborear a vida. E ele sabia disso.
Hoje, pensando no ontem, aquela resposta não poderia ter sido melhor. Percebo que és pequeno pra mim, que no intuito de quer ajudar, afagar, proteger, esqueci de mim mesma. Fui altruísta, e pensando um pouquinho mais em mim, lembrei-me que também preciso disso tudo, tanto quanto ele. Eu sou mais importante pra mim mesma do que os outros. Porque quem corre atrás e faz as coisas por mim, sou eu, e não terceiros. Sou eu quem busca por sabores diferentes. Sempre eu, por mim e mais ninguém.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Eu amo vocês!


Já estou em casa, deitada na minha cama com o computador no colo, escrevendo, lendo, pensando. Pensando no que ficou pra trás e no que pode vir. Pensando nos animados almoços onde riamos, muito, e chorávamos as vezes, trocávamos idéias, conselhos, dicas. E como aquela comida que tinha sempre o mesmo gosto ficava mais gostosa quando comíamos sob risadas e discussões. Pensei nas vezes que marquei de me encontrar no terminal com a preta, pra irmos almoçar juntas, ou quando eu chegava pra trabalhar no museu e era recebida com um sorriso matinal, e um ‘bom dia’ da polaca. Os abraços, carinhos, preocupações, ligações, e-mails, empréstimos, presentes, não apenas materiais, porque esses uma dia vão quebrar, se perder, mas os sentimentais, que são impossíveis de serem ignorados. Escolhi vocês, vocês me escolheram e somos uma família, longe ou perto. Eu amo vocês, com todo meu amor. Não tenho mais palavras pra escrever, apenas lágrimas pra derramar. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Aqueles olhos no espelho


Aqueles olhos marrons refletidos no espelho não eram simplesmente olhos marrons, eram pequenos e carregados de incertezas, insegurança, sobre tudo, medo. Ao olhar naqueles olhos, mergulhei em uma vida, um passado, sem fortes emoções, mas que estava vivo, e queria aparecer, prevalecer. Quantas vezes aqueles olhos refletidos no espelho chorou, problematizou, indagou, percebeu, viu, não viu, gostaria de ter visto, quantas vezes, mas no fim, eles se fechavam, e por horas ficavam ali, fechados até o despertador os forçar a abrir. E ali começava mais um dia de angustias, anseios e perguntas que até então não tinham respostas, pois o medo não os deixa encontrar, enxergar. Ele se destacava, dominava aqueles olhos refletidos no espelho, e não os deixava enxergar muito alem do que é permitido. Uma cadeia. Preso ali, quando aqueles olhos ganharam a sua tão merecida liberdade, o mundo era mais colorido e afetuoso, os olhos marrons que antes refletiam medo, insegurança agora refletem certeza, segurança e domínio sobre si mesmo. As perguntas continuam sem respostas, mas o olhar em buscas dessas respostas agora não excita em procurar por elas. Agora sem medo, aqueles olhos olham pra frente e anseiam por respostas, respostas que nem sempre são felizes, mais ainda sim, são respostas.

domingo, 23 de outubro de 2011

Ana Julia


Hoje contarei pra vocês a história de uma menina que se chama Ana Julia.
Ana Julia nasceu com as orelhinhas amassadas, sem cabelos e com os olhos claros. Primogênita. Querida e aguardada por todos de sua família. Ana Julia brincava, corria gritava, caia, sangrava, chorava, como qualquer criança que começara a descobrir o mundo. Gostava muito de brincar com água, caçar minhocas no fundo do quintal, brincar de médica, professora ou de casinha com sua avó. Entrou na escola com 5 anos, tinha muitos amiguinhos, e ali, já começavam a aparecer sua personalidade forte, mandona, companheira e arteira. Com 6 anos mudou de escola e começou a 1° série. Chorou muito no começo, não queria ficar ali sem sua mãe e com pessoas que não conhecia, mas durante a manhã, ela foi se acalmando, conversando com outras crianças e no recreio, comeu seu lanche com uma menina que seria sua melhor amiga até os dias de hoje. Confiava muito em suas amigas, e quando adolescentes, adoravam ficar conversando sobre garotos. Ana Julia gostava de um garoto que era muito tímido, muito estudioso e engraçado. Eram amigos até o dia que uma de suas “confiáveis” amigas disse a ele que Ana Julia gostava dele. A amizade acabou e a confiança também. A partir deste dia, ela passou a não confiar com plenitude nas pessoas, com exceção de sua melhor amiga, que nunca dera motivos para isso. Passou a adolescência. Com 17 anos foi morar fora para estudar. E mais uma vez chorou, pois não queria estar ali sem a sua mãe naquela cidade estranha com pessoas desconhecidas. Fez amizades que tem certeza que levará para a vida, mais também se decepcionou e chorou por amizades que se acabaram. Ana Julia quebrou a cara e perdeu a confiança nas pessoas mais uma vez. Descobriu que era feita de palhaça por elas e decidiu que o que antes era doce, ingênuo, inocente e medroso, agora passaria a ser amargo, frio, calculista e corajoso. Pensaria menos e agiria mais. Transformaria o medo em novas descobertas. Ana Julia, perto de completar 20 anos, se descobriu uma menina poderosa, sem ter medo de arriscar, nem de botar nada a perder. Antes doce, ingênua, inocente e medrosa. Agora, poderosa.

Essa história continua...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Conselho de mãe


E hoje, mais uma vez chorei, só que dessa vez, chorei conversando com a minha mãe. Contei a ela rapidamente o que estava se passando comigo, e ela, como sempre, muito sensitiva, me disse coisas que só ela poderia me dizer. Apenas verdades, que vindo dela, não doem. Ouvi o que ela tinha a me dizer e em momento algum ela disse algo que não cabia em minha atual situação, ela tem razão, sempre teve, sempre tem!
"Tua cabeça é teu guia, tua libertação e tua prisão." Frase dita pela mamãe. Minha cabeça é minha prisão, mas como fazer para que ela seja minha libertação e depois meu guia? Ou meu guia para a libertação?
São muitas duvidas anseios, medo, medo do que não conheço, do que esta por vir, do que eu não quero que venha. Tenho que enfrentar, seguir! E transformar minha prisão em libertação! Como? Não sei, mais descobrirei, pois como diria o pai de uma adorada amiga minha, “Se não acabou tudo bem é por que ainda não chegou ao fim.”

sábado, 1 de outubro de 2011


E hoje, ela me passou um bilhete que dizia:

“Que mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a idéia da alegria”. Caio Fernando Abreu.
Eu já perdi de vista e de sonho a idéia de alegria. E no fundo, tudo que eu queria poder dizer é: “Soltei o mundo pra segurar a sua mão”. Caio Fernando Abreu.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Não mais!


Queria que tivesse sido diferente. Mudei porque achei que o problema era comigo, mas descobri que não, ou talvez seja, sei lá! Desisti de tentar descobrir com quem esta o problema, desisti de você. Eu mudei por mim, precisava me transformar, variar. Achei que assim me sentiria melhor. E me senti melhor, mas não te senti. Mudei por mim, mais no fundo, mudei por você também, e cadê você? Onde estava que não me viu não me percebeu? Eu cansei, desisto! Não quero me decepcionar mais, não quero chorar mais. Acabou! Eu não sei onde você esta, não vou te procurar, não vou tentar te achar, não mais!

sábado, 17 de setembro de 2011

Oração


Não sei por que ainda insisto, tento, persisto nisso. É egoísmo querer o bem dos nossos amados? É errado tentar ajudar, apontar os erros e ajudar a escolher o caminho certo a seguir? Eu sei, o famoso “livre arbítrio”! Já fiz o que achei que deveria fazer. Agora chega, né? Eu também canso! Só quero que TODOS fiquem bem, com suas famílias, amores, amigos, com tudo que realmente lhes importam. É apenas isso que desejo pra eles, e pra mim? Bom, eu desejo que meu pai fique bom, logo, é o que mais quero no momento! Depois disso, quero minha vida concertada em todos os sentidos, não quero passar a vida tendo como a base da sensatez, pílulas, pomadas, cremes, shampoos especias, incertezas, pessoas erradas e tudo mais que me faz querer chorar.
Por enquanto é só. Conforme for precisando, vou pedindo!
Agradeço desde já por tudo!
Aah, só mais uma coisinha, peço que me dê um lindo dia amanhã!
Amém! 

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A máscara

Ouvi um choro vindo do quarto, vi ela chorando copiosamente e com um olhar desesperado perguntei o que estava acontecendo, e olhando a chuva cair lá fora, ela me respondeu:
- Nada, não esta acontecendo nada!
- Me conte Ju, sou seu amigo, sabe que pode confiar em mim, o que houve?
- Você sabe bem o que é, conversamos sobre isso esses dias por MSN, não se lembra?
-Me conte de novo!
Ela se jogou em meus braços, quase sem ar de tanto soluçar, não conseguia falar, eu sabia o que era e a abracei com todo o meu carinho, pois também sinto o que ela sente. De repente ela olhou diretamente em meus olhos, disse com o olhar que estava bem, secou suas lagrimas, colocou a máscara de volta e voltou a sorrir novamente, e eu me perguntei “até quando?”.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Os sons da minha vida

O que estou ouvindo agora, me lembra as férias de 2006, na Bahia. Me faz lembrar que saímos do Paraná e fomos parar na Bahia, pra visitar nossos familiares, a vó, os tios, primos, sobrinhos... e depois Praia, apesar de que eu não sou muito fã, mas as amizades que fiz lá me fazem querer ficar.
Agora começou uma de muitas músicas que marcaram as férias na fazendo do tio, em julho de 2010. Fomos do Paraná ao Mato-Grosso ouvindo de tudo, inclusive sertanejo, que eu odeio. Mas como sou prevenida, estava com o celular e o MP4 carregados de The Ramones, MGMT, The Strokes entre outras. Todas as minhas férias tem trilha sonora, a ultima na Bahia, em 2010/2011, foi marcada por muito rock, influência do meu irmão, e eletrônica.
Algumas músicas me lembram meus amigos e família também...
Milionário e José Rico me lembram uma manhã de nevoeiro que eu, minha mãe e meu pai enfrentemos em uma serra em Minas Gerais, meu pai dirigia o caminhão e nós formávamos  uma excelente dupla de cantores na boléia. Rock dos anos 70 e 80 me lembram minha mãe e meu tio, que além de sertanejo variava o som do carro com um bom e velho rock. Heavy metal, é a cara do meu irmão, aprendi a gostar com ele!
Cada pessoa especial pra mim é marcado com uma música assim, mesmo longe dela, quando a saudade aperta, eu ouço a sua música, e lembro-me dos bons momentos juntos. Meus momentos, férias, festas, tudo, tudo acontece em volta de músicas que me fazem lembrar o que vivi, momentos bons e ruins, mais momentos que jamais esquecerei, pois as músicas não me deixarão esquecer, jamais! 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Mais um dia...

E mais um dia que começa e que se vai, e eu aqui, na mesma de sempre.
Alguns foram sair, curtir, trabalhar, resolver seus problemas pessoais ou estudar, e eu estou aqui.
O dia passou voando e no fim confirmei as coisas que antes eram apenas suspeitas, mas continuo aqui.
Conversei, ouvi, tentei ajudar, critiquei, mas ainda estou aqui.
Resolvi que não irei mais contar, que não irei partilhar, que chorarei sozinha, e agora estou aqui.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

simplesmente TE AMO

Ouvindo Elis Regina e Tom Jobim, sem lagrimas pra chorar.

Hoje, eu estava te olhando, te admirando, vendo como és bonito e ingênuo, e tentando entender o porquê de certas coisas, mas resolvi deixar pra lá, nunca saberei. Fiquei a lembrar do que passamos juntos, bobagens que falávamos, que fazíamos.  Sei que já se passou muito tempo, mas lembro de você sempre com carinho e ternura e sinto, sinto a distância entre nós, que nunca parou de crescer. Você sabe que me tem, quando quiser a qualquer hora. Você tem meu telefone, é só me ligar. Mas você não liga. Sinto falta de seus conselhos, abraços, palavras doces. Sinto falta de você, meu amigo, e dos velhos e bons tempos que passávamos juntos.
Volta pra mim?
Ou será que eu nunca te tive?
Agora choro! Você não é meu, nunca foi. Mais continuo a te amar com amor de irmã, pois pra mim você é mais que amigo, é meu irmão e eu te amo e sempre te amarei!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Se eu pudesse mudar...

Quero colocar algumas coisas na gaveta e fechá-la por um tempo, pra quando abri-la de novo, só ter lembranças de momentos que vivi, nem todos bons e agradáveis, mas que aconteceram, e não posso mais mudar. Mas se eu pudesse mudar...
Não teria deixado a vontade ultrapassar a razão quando escolhi o que me traria preocupações desnecessárias, não deixaria aquela noite acontecer e junto com ela as situações que foram criadas a partir de uma decisão que fora tomada sem uso da cautela. Não teria deixado aquela noite de verão terminar como terminou, comigo indo dormir, sem sentir, ou dizer qualquer coisa. Teria sido mais espontânea, mais divertida e principalmente menos idiota, pra entender o recado da primeira vez. Não teria agido como agi quando em um momento de desespero, resolvi pedir socorro, e de repente a ajuda se transformar em dores que demoraram a parar. Não teria mentido sobre coisas que eu queria que fossem verdades, não teria colocado meus sentimentos em jogo, não teria me metido em situações que não me pertenciam, não teria, não teria...
Agora, quero ouvir o som da gaveta se fechando, não pra sempre, mas até eu abri-la sem sentir dores e arrependimentos. Próxima vez que abrir a gaveta quero ter lembranças de coisas que me aconteceram e não repetir o que errei. Lembrar que sou responsável pelo que faço, e pelo que cativo. E procurar não persistir em erros.
Vejo nos outros o que pode acontecer comigo, mas mesmo assim, porque tenho que sofrer, sentir, chorar pra aprender? Porque não posso aprender com os erros dos outros? Tentarei observar, aprender com o falha alheia e não deixar a vontade passar por cima da razão. Pois todas as vezes que isso aconteceu, pelo menos comigo, os resultados nunca foram os esperados.


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Carta da amiga desesperada

Tentar esconder ou mascarar algo é difícil, pois é da natureza humana ser livre, e por mais que se tente esconder algo dos outros, ou pior, de nós mesmos, não conseguimos por muito tempo. A garota má, vingativa, orgulhosa, triste, sozinha mais cedo ou mais tarde ia aparecer, e ninguém sabia o que ela poderia ou queria fazer. Ela apareceu.

Tentativas de mascarar os verdadeiros sentimentos com bolsas de marca, perfumes caros e livros, funcionavam como uma droga. Por horas ela se sentia feliz, completa, achava que tinha tudo que precisava, finalmente vinha um sentimento de satisfação que se evaporou na primeira vez que usava o perfume caro pra sair, ou quando leu o livro e descobriu que ali não tinha nada que poderia ajudá-la naquele momento. Ficava ouvindo musicas alegres e repetindo pra si mesma o tempo todo: “estou bem, tenho tudo o que preciso, estou feliz”. Todos sabiam que isso era mentira, a garota não estava bem coisa nenhuma! Sentiam em seu tom de voz que havia algo errado com ela.
Sentia-se bem com seus amores, amigos, família, mas no fim da tarde quando voltava pra casa, existia uma sensação de vazio dentro dela que a assustava. Ela não sabia o que era aquilo, mas logo descobriu o que era. Fez questão de não mexer. Deixou lá, pois como aquilo que sentia não era natural de seu corpo, mais cedo ou mais tarde aquilo ia embora.
Ela disse que estava cansada disso, de tentar preencher um buraco em que não cabiam coisas materiais, de tentar correr de algo que era inevitável. Disse também que já sabe o que vai fazer, eu particularmente, não concordo com isso. Preocupo-me com ela, tenho medo por ela.
Ela me disse que usaria uma mascara para esconder o que ela não quer que ninguém mais veja, prometeu que vai parar de falar em certos assuntos e que só tirará a mascara quando sentir que consegue sorrir sozinha e naturalmente, pois aí ela disse que teria certeza de que estaria tudo bem e que não precisaria mais tentar tapar buracos, pois já estariam fechados.
Ela disse que vai ser bom pra ela. Só quero que ela fique bem e espero que logo!



terça-feira, 26 de julho de 2011

Tempos de Escola

Hoje de tarde, lembrei que minha mãe havia pedido pra que eu separasse o que era pra jogar fora, nesse caso, mandar pra reciclagem, pois eram apenas papéis. 3 caixas grandes de papéis. Mas não era qualquer tipo de papel. Minha vida escolar estava naqueles papéis, naquelas 3 caixas.
As caixas estavam na dispensa, na primeira prateleira, há uns 2,5 metros de altura e eu fui tentar pegá-las. Com muito custo consegui. Quase caí da escada, quase quebrei uns negócios do meu pai e quase perdi um braço. A primeira caixa estava por cima das outras e como não era nem um pouco leve e eu estava em um beco entre a prateleira e uma pilha de pneus de caminhões, peguei a caixa de mau jeito e por pouco meu braço não se vai. Apoio a primeira caixa na pilha de pneus e desço da escada, pego a caixa e levo pra fora da dispensa. Abro.
Era a caixa que estavam os livros-textos e os livros de exercícios, de todas as disciplinas. Todo ano a partir do primeiro ano do ensino médio, todo começo de ano, pegávamos uma pilha de livros que usaríamos durante o resto do ano, cada matéria tinha uma cor, minha matéria preferida, história, a capa era laranja, inglês era roxo, física era azul e por aí ia. Tinha também as apostilas, usadas em sala de aula, era uma por bimestre. No primeiro ano, a capa dessas apostilas eram azuis, no segundo ano, elas eram vermelhas. No terceiro ano, as capas das apostilas mudam um pouco, mas continuam sendo da minha cor favorita, vermelho. E a pilha de livros pra pegar no começo do ano diminui. Agora eram apenas os livros de exercícios de cada disciplina.
Vou pra segunda caixa, mais fácil de pegar que a primeira, não quebro nada e também não quase perco meu braço, mas era pesada como a primeira. Levo a caixa pra fora da dispensa e abro. Quando vejo o conteúdo da caixa sorrio. Separado em saquinhos provas, trabalhos, rascunhos, disciplina por disciplina e alguns cadernos. Pego o primeiro saquinho, disciplina: filosofia e sociologia. Provas e textos que o professor passava pra nós. Começo a recordar as aulas de filosofia e sociologia. O professor era muito tímido, tinha cara de nerd, mas era um nerd bonito, pelo menos eu achava, tinha um amor platônico por ele e quando ele me disse que fazia faculdade de matemática pra “entender a lógica” eu quase morri de emoção. O apelido dele era Cogumelo, vulgo “Cogu”, pois seu cabelo lembrava a “cabeça” de um cogumelo. Achei algumas provas que fiz, sempre desenhava cogumelos nas provas. Achei também as provas de física, inclusive uma da oitava série, na época era o Sergião quem dava física pra nós. Uma vez eu cheguei atrasada e quando entrei na sala ele estava dançando com uma sapatilha amarela da Adidas. Foi bizarro! Ele era muito divertido. No ensino médio o Cenoura era o professor de física. Ele era engraçado, costumava chamar-nos de “babies”, e chamava nossa atenção com algumas frases tipo: “Vamoo lá Irmãos!” ou o clássico “Cala boca pessoal!”.
As tragédias de matemática são um caso a parte, como eu sofria, Senhor! Química era com o Greghi e suas piadinhas e macetes pra decorar os não-metais da tabela periódica e a Cinta nos ameaçando com os “negativos” e o “vou mandar vocês pra rua!”. O Batata e suas “histórias” e “dados curiosos” nas melhores aulas de história do mundo! O Nanni com o seu “infarto no miocárdio” nas aulas de biologia.
No meio dos cadernos acho pequenos papéis com fórmulas matemáticas, apenas um “lembrete” pra ser consultado durante a prova. Era apenas um, mas já usei tanto e de tantas maneiras...sempre com descrição, claro! Códigos também eram utilizados por nos e entre nós, em momentos de “dúvidas” durante as provas. O esquema dos lugares, as trocas de provas, papeizinhos, borrachas com “informações” e claro, não poderia me esquecer do Ney, que zelava pela nossa educação e inteligência, impedindo-nos de tirarmos nossas dúvidas com os coleguinhas das carteiras da frente ou do lado. Fui lembrando tudo... Achei também os simulados que fazíamos todos os bimestres e os papéis com a pontuação que a gente fez no simulado, as carteirinhas que eram necessárias, pois tínhamos que passar pelas catracas, que só eram liberadas com as carteirinhas e nossas fotos 3X4 HORRÍVEIS!
A terceira caixa tinha apenas livros de exercícios e cadernos. Nada demais.
Como a vida era mais simples, brigas, colas, provas, amigos, professores, tudo, TUDO é mais simples e mais doce, como no dia que a professora de artes nos pediu pra levar ursinho de pelúcia, travesseiro e bombom ouro branco pra nos explicar a arte barroca. 

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Desnecessário

Não há frases pra serem faladas e nem poemas pra serem recitados. Isso não é necessário, as músicas se expressam melhor.
Só é preciso abraços, beijos e amor. Muito amor e nada mais importa.

domingo, 10 de julho de 2011

como me sinto hoje?

 Minha banda favorita, tem uma música que define meu estado sentimental
To Binge- Gorillaz

 To Binge

Waiting by the mailbox, by the train 
Passin' by the hills 'til I hear the name
I'm looking for a saw to cut these chains in half and all I want is
Someone to rely on as
Thunder comes a rolling down
Someone to rely on as
Lightning comes a staring in again

I'll wait to be forgiven
Maybe I never will
My star has left me
To take the bitter pill
That shattered feeling
Well the cause of it's a lesson learned
Just don't know if I could roll into the sea again
"Just don't know if I could do it all again" she said, it's true

Waiting in my room and I lock the door
I watch the coloured animals across the floor
And I'm looking from a distance
And I'm listening to the whispers
And oh it aint the same, when your falling out of feeling and your
Falling in and caught again

I'm caught again in the mystery
Your by my side, but are you still with me?
The answers somewhere deep in it, I'm sorry but your feeling it
But I just have to tell that I love you so much these days
Have to tell you that I love you so much these days, it's true

My heart is in economy
Due to this autonomy
Rolling in and caught again
Caught again

My heart is in economy
Due to this autonomy
Rolling in and caught again
Caught again

Para Bebedeira
Esperando pelo correio, pelo trem
Passando pelas colinas até eu ouvir o nome
Estou à procura de uma serra para cortar essas correntes na metade e tudo que eu quero é
Alguém para confiar em
O trovão vem rolando abaixo
Alguém para confiar em
O relâmpago vem dar um olhar de novo

Vou esperar para ser perdoado
Talvez eu nunca vou ser
Minha estrela me deixou
Para tomar a pílula amarga
Esse sentimento quebrado
Bem a causa é uma lição aprendida
Só não sei se eu poderia rolar para o mar novamente
"Só não sei se eu pudesse fazer tudo de novo", disse ela, é verdade

Esperando no meu quarto e eu tranco a porta
Eu vejo os animais coloridos pelo chão
E eu estou à procura de uma distância
E eu estou ouvindo os sussurros
E oh, não é o mesmo, quando você está caindo para fora de um sentimento e seu
caindo dentro e é pego novamente

Estou preso novamente no mistério
Seu pelo meu lado, mas você ainda está comigo?
As respostas estão em algum lugar no fundo, eu sinto muito, mas você está sentindo isso
Mas eu só tenho que dizer que eu amo tanto esses dias
Tenho que lhe dizer que eu amo tanto esses dias, é verdade

Meu coração está na economia
Devido a essa autonomia
Rolando internamente e pego novamente
Pego novamente

Meu coração está na economia
Devido a essa autonomia
Rolando internamente e pego novamente

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Devemos ser fortes

 "Se a vida lhe negar um sonho seja forte o suficiente para lhe negar uma lágrima" Don Corleone

...

Estou presa em uma sala, cinza, com uma grande janela, é lua cheia, mas a neblina não me deixa admira-la, não tem ninguém, e nem um objeto ou móvel aqui, apenas eu e meu coração que bate em um ritmo que eu desconheço, nunca foi assim, isso me deixa de certa forma nervosa. Coração seco, irritado, cansado, distante... das pessoas, do mundo. Longe de mim. Começo a refletir, já que sozinha nessa sala iluminada apenas pela luz da lua só tenho ao meu coração, que não me responde mais, e ao meu cérebro, ainda sensato,  que não me deixa perder a noção do que fazer, ou não. Não tentarei pular a janela, pelo que percebi, é muito alta, posso não sobreviver à queda. Já procurei por uma porta, mas não achei, acho que devo ficar quieta aqui e esperar, enquanto isso vou pensando no que farei quando sair daqui, pois sei que não ficarei aqui pra sempre, sei que não.

domingo, 19 de junho de 2011

Felizes para sempre

Tantas vezes a vi chorar, às vezes anestesiada e pensava que não merecia aquilo, que não poderia seguir com a dor da incerteza e insegurança. Mas ela não desiste fácil, e mesmo com o coração quebrado, seguiu até onde achava que deveria seguir. Ela sabia que estava correndo o risco de perder seu tempo tentando ajudá-lo, mas seguiu em frente, porque ela não tem medo, ela não quer se arrepender do que não fez. A esperança e o amor não a deixam desistir e nunca deixarão! Está feliz e tranquila agora, com o coração batendo no ritmo da melodia que a levará para a felicidade, pois essa felicidade também pertence a ele, que também luta para que isso acabe em um “felizes para sempre”. 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

camisa de força

Sinto me presa, como se estivesse usando uma camisa de força. Presa dentro de mim mesma, e não posso gritar e nem pedir socorro!
Espero que isso acabe logo!

sábado, 11 de junho de 2011

A grande família

  É tão ruim quando pensamos que os fins poderiam ser diferentes, mas quando vemos, o resultado é devastador. Não sei se para ambas as partes, mas o lado mais fraco sempre vai sair machucado, chorando, sentindo falta de algo que é importante, e que em sua vida é fundamental.
  Quando vim pra cá, cheguei sozinha, não conhecia a cidade e nem ninguém que habitasse nela, mas como foi o que eu escolhi pra minha vida, encarei de frente, como sempre que possível, faço. Não sou uma pessoa solitária, preciso de pessoas ao meu redor, e quando cheguei aqui, encontrei essas pessoas. Pessoas que a partir daquele momento passariam a ser minha família. Que iriam cuidar, brigar, elogiar, escutar, abraçar, ou simplesmente iriam me amar!
  Essas pessoas foram sendo colocadas no meu caminho, uma a uma, e eu fui as abraçando, e amando, porque não sei ser diferente. Minha família é grande, eu fui montando ela com tudo que eu precisava para ter a família perfeita.
  Doses de drama, alegria, stress, paciência, compreensão, dedicação, rebeldia, felicidade, perseverança, carinho, cuidado e amor, muito amor. Cada membro da minha família tem suas características específicas, e se completam. Tenho alguns longe de mim, e isso me dói ás vezes, mas nada que o celular não resolva até nos vermos de novo, mas sei que em pensamento, estamos sempre pertinhos uns dos outros.
   Alguns tenho sempre ao meu lado, já outros, eu acho que tenho, mas as vezes fico na dúvida se os tenho ou não, existe uma certa distância entre nós que por vezes me fez pensar que se foram, mas as vezes estão ali, e eu que não os vi, ou talvez eles que não me viram. Desencontros acontecem.
  São meus irmãos, mais velhos e mais novos, que na hora em que preciso de conselhos, de um ombro pra chorar, de uma orelha pra me escutar ou de braços para me abraçar, estão sempre prontos!
Meus AMIGOS, minha FAMÍLIA, amos vocês!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Droga!
Nos vemos tão pouco, e quando estamos juntos o tempo voa!
Queria tê-los SEMPRE pertinho de mim. Mas já que não dá pra ser assim...
DU E ERIC, AMO VOCÊS!

domingo, 5 de junho de 2011

Ao Amigo, mais que Amigo!

Sempre que precisei, esteve presente, nas horas boas e ruins,
nas horas de fazer trabalhos da faculdade, na hora de jogarmos conversas fora, na hora de discussões que por muitas vezes acabaram em brigas, outras vezes em risadas.
É um amor fraterno, que em tão pouco tempo me cativou.
Impossível pensar minha vida a partir de 2010 sem ele.
Aquele que me ouve, que briga comigo, que "tira" da minha cara, que dá risada comigo. 
Que me completa! Meu irmão!
Difícil colocar em palavras o que sinto por ele!
As vezes me pego lembrando do dia em que nos conhecemos, dos trabalhos e provas que fizemos juntos...HAHAHA, como era divertido!
Quero tê-lo comigo pra sempre!
Você está SEMPRE em meu coração, Hezrom de Freitas Chaves



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Reflexões

Depois de chorar, e de me perguntar o  "por quê" milhões de vezes,  apesar de não ter obtido resposta alguma, as coisas não estão tão nubladas como antes. Perece que está tudo mais claro, apesar de permanecer na escuridão das incertezas, dúvidas e anseios. No vazio que rasga meu peito, sei que algo encontrarei, não sei o que, mas isso também não importa. Talvez se idealizações não....Talvez se idealismos não subissem em nossas cabeças, sofreríamos menos. Talvez se olhássemos mais a nossa própria volta, ao invés de olharmos para o horizonte distante e inatingível, muitas vezes, as coisas seriam diferentes. Ou talvez não.
Acho que altas doses de calmante me afetaram.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

sábado, 21 de maio de 2011

Vou deixar...

Não há o que pensar, nem o que dizer! Tudo que fiz já esta feito e apesar de não terem sido planejadas, foi divertido. Poderia ter sido pior. Eu poderia ter saído ferida, mas não. Não queria que tivesse acabado assim, mas tudo bem. Vou dar um tempo, vou sair pra caminhar no vento gelado do inverno, vou ficar em casa e ler um livro ou escutar música, sei lá. Mas vou deixar o tempo dar conta de tudo, já que eu não posso dar conta disso com minhas próprias mãos ou palavras. 
Desejo tudo como era antes, era mais doce, mais suave... mais humano. 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

do seu lado

 posso ficar ao seu lado e te apoiar, posso te abraçar enquanto choras, posso deitar do seu lado na cama e ficar escutando músicas com você! porque eu quero que você fique bem! eu quero que tudo se resolva da melhor maneira possível, e sei que vai!
porque eu te amo! e desejo ver você sorrindo todos os dias!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

eu quero

eu quero, eu posso, eu consigo
eu desejo, eu venero, eu suplico
eu anseio, eu busco,eu aspiro, só uma coisa...MAIS uma coisa
que eu sei que é minha, e SÓ minha!
e de mais ninguém!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

terça-feira, 10 de maio de 2011

cansada

Estou cansada, muito cansada!
Vou tentar esquecer, me ocupar e dormir!
Dormir!