quarta-feira, 16 de maio de 2012

Caindo


Eu estou caindo, me dá a tua mão e não me deixe cair! Puxe-me. Abrace-me.
Estou perdida. Preciso de respostas. Não quero quebrar-me.
Talvez você não tenha as respostas pras minhas perguntas. É, acho que você não as tem.
Alguém deve ter.
Preciso ir.
Pra onde? Não sei.

domingo, 6 de maio de 2012

Sabe, ando sem ânimo escrever. Eu quero escrever, mas não sei como colocar pra fora o que sinto, o que vejo. Ando sem inspiração, mas vivo achando textos e músicas que caem bem nesse momento...hoje me mandaram uma música...



Segredo - Circo Motel


não quero nunca te dizer o quanto teu corpo me cai bem
não quero te deixar sentir invulnerável
que cada um saiba o que fazer com a cruz que não escolheu carregar
deus é tão fiel às ironias..


cuidado moça talvez você seja a musa da vez
os cães precisam se entreter


não quero mudar por você, não quero mudar por ninguém
talvez não seja eu seu príncipe lesado
eles querem sobreviver mas não sabem o que fazer com a própria vida
eles nunca têm tempo pra ver o pôr-do-sol


cuidado moça talvez ainda não seja dessa vez
que eu tenha as respostas que você quer..
a verdade é o que cada um quiser


eu não sei onde estou, eu não sei quem é você 
meu amor...o seu nome em cada um dos meus blues cheios de dor 
eu tenho tanto pra te dizer mas não vou 
prefiro guardar mais um segredo


ela trouxe mais um adeus, mais uma vez quem se perdeu fui eu
devia ter vestido máscaras pra não te fazer mal?
mas não há muito o que se perder, nós dois também vamos morrer
o tempo vai passar..


eu não sei onde estou, eu não sei quem é você 
meu amor...o seu nome em cada um dos meus blues cheios de dor 
eu tenho tanto pra te dizer mas não vou 
prefiro guardar mais um segredo

domingo, 29 de abril de 2012

Medos



Meu maior medo é viver sozinho e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para se despedir. Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho e me esforçar em me manter ocupado para não provocar compaixão dos garçons. Meu maior medo é ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal, sem acordar durante a chuva mais revolta, sem adormecer diante da chuva mais branda. Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento. Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho depois de ouvir os programas de meus colegas de trabalho. Meu maior medo é a segunda-feira e me calar para não parecer estranho e anti-social. Meu maior medo é escavar a noite para encontrar um par e voltar mais solteiro do que antes. Meu maior medo é não conseguir acabar uma cerveja sozinho. Meu maior medo é a indecisão ao escolher um presente para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família, que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo. Meu maior medo é que a metade do rosto que apanho com a mão seja convencida a partir com a metade do rosto que não alcanço. Meu maior medo é escrever para não pensar. (trecho de Pais e filhos maridos e esposas II – Fabrício Carpinejar)

terça-feira, 20 de março de 2012

Dançando



Sem inspiração pra escrever. Quando tudo era escuro e complicado de se entender era mais fácil de descrever em palavras sentimentos dolorosos e que queriam a qualquer custo sair do meu peito, mas agora não. É diferente. Está tudo no seu divido lugar, você aí, eu aqui, eles lá! As coisas estão melhores agora. Consigo dançar e rodar como sempre quis, livre, mas não sem direção, leve, mas sem sair do chão, com razão, não perdendo mais a noção. E assim eu vou dançando e rodando...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

lamentos da madrugada


“Pai” (Bruno) , cadê você aqui, agora, pra não me deixar derramar esses lamentos? O motivo real pelo qual estou chorando é uma vergonha, convenhamos, mas não consigo impedir que essas lágrimas escorram pelo meu rosto. Talvez você impedisse, porque você sempre diz as coisas certas, não necessariamente o que eu quero ouvir, mais fala de uma forma afetuosa, transformando as coisas mais fáceis do que realmente são. Um motivo tão inútil, fútil não merecia essas lamúrias, mais cá estou eu...enfim, não consigo colocar pra fora o que sinto em palavras...e o sono está me corroendo. Talvez um abraço seu (?) e amanhã eu acorde melhor.