domingo, 23 de outubro de 2011

Ana Julia


Hoje contarei pra vocês a história de uma menina que se chama Ana Julia.
Ana Julia nasceu com as orelhinhas amassadas, sem cabelos e com os olhos claros. Primogênita. Querida e aguardada por todos de sua família. Ana Julia brincava, corria gritava, caia, sangrava, chorava, como qualquer criança que começara a descobrir o mundo. Gostava muito de brincar com água, caçar minhocas no fundo do quintal, brincar de médica, professora ou de casinha com sua avó. Entrou na escola com 5 anos, tinha muitos amiguinhos, e ali, já começavam a aparecer sua personalidade forte, mandona, companheira e arteira. Com 6 anos mudou de escola e começou a 1° série. Chorou muito no começo, não queria ficar ali sem sua mãe e com pessoas que não conhecia, mas durante a manhã, ela foi se acalmando, conversando com outras crianças e no recreio, comeu seu lanche com uma menina que seria sua melhor amiga até os dias de hoje. Confiava muito em suas amigas, e quando adolescentes, adoravam ficar conversando sobre garotos. Ana Julia gostava de um garoto que era muito tímido, muito estudioso e engraçado. Eram amigos até o dia que uma de suas “confiáveis” amigas disse a ele que Ana Julia gostava dele. A amizade acabou e a confiança também. A partir deste dia, ela passou a não confiar com plenitude nas pessoas, com exceção de sua melhor amiga, que nunca dera motivos para isso. Passou a adolescência. Com 17 anos foi morar fora para estudar. E mais uma vez chorou, pois não queria estar ali sem a sua mãe naquela cidade estranha com pessoas desconhecidas. Fez amizades que tem certeza que levará para a vida, mais também se decepcionou e chorou por amizades que se acabaram. Ana Julia quebrou a cara e perdeu a confiança nas pessoas mais uma vez. Descobriu que era feita de palhaça por elas e decidiu que o que antes era doce, ingênuo, inocente e medroso, agora passaria a ser amargo, frio, calculista e corajoso. Pensaria menos e agiria mais. Transformaria o medo em novas descobertas. Ana Julia, perto de completar 20 anos, se descobriu uma menina poderosa, sem ter medo de arriscar, nem de botar nada a perder. Antes doce, ingênua, inocente e medrosa. Agora, poderosa.

Essa história continua...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Conselho de mãe


E hoje, mais uma vez chorei, só que dessa vez, chorei conversando com a minha mãe. Contei a ela rapidamente o que estava se passando comigo, e ela, como sempre, muito sensitiva, me disse coisas que só ela poderia me dizer. Apenas verdades, que vindo dela, não doem. Ouvi o que ela tinha a me dizer e em momento algum ela disse algo que não cabia em minha atual situação, ela tem razão, sempre teve, sempre tem!
"Tua cabeça é teu guia, tua libertação e tua prisão." Frase dita pela mamãe. Minha cabeça é minha prisão, mas como fazer para que ela seja minha libertação e depois meu guia? Ou meu guia para a libertação?
São muitas duvidas anseios, medo, medo do que não conheço, do que esta por vir, do que eu não quero que venha. Tenho que enfrentar, seguir! E transformar minha prisão em libertação! Como? Não sei, mais descobrirei, pois como diria o pai de uma adorada amiga minha, “Se não acabou tudo bem é por que ainda não chegou ao fim.”

sábado, 1 de outubro de 2011


E hoje, ela me passou um bilhete que dizia:

“Que mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a idéia da alegria”. Caio Fernando Abreu.
Eu já perdi de vista e de sonho a idéia de alegria. E no fundo, tudo que eu queria poder dizer é: “Soltei o mundo pra segurar a sua mão”. Caio Fernando Abreu.